> No penúltimo ano do curso de Economia na FEA, Vitor Schmid larga o emprego para investir em uma ideia
Por Talita Nascimento
No penúltimo ano do curso de Economia na FEA, Vitor Schmid larga o emprego em um banco para investir em uma ideia, é nesse momento que nasce o PetPista. Um jeito inovador de achar animais perdidos, adotar pets abandonados e, por que não, ganhar PetPontos! O projeto inovador trabalha com um cruzamento de dados que permite encontrar os animais cadastrados no site, por meio de pistas registradas por usuários voluntários. O site, que ganhará nova versão no segundo semestre deste ano, não cobra pelo cadastro de pets desaparecidos e ainda dá recompensas para aqueles que auxiliam no reencontro dos “amigões”, como Vitor, diretor executivo do PetPista, gosta de chamá-los.
Antes de estudar na FEA, Vitor morou na Áustria e, apesar de ter dupla cidadania, não tinha familiares por lá. Nesta época ele desenvolveu uma afeição especial por animais que lhe faziam companhia, como os três gatinhos da república onde morou e o “Campeão”, cão do quartel no qual Vitor serviu o exército austríaco. Contando com esta afinidade, o projeto faz ainda mais sentido para ele, que acredita cumprir um papel social com o PetPista: “O projeto atinge diretamente o usuário que fica contente quando acha o animal, mas também traz benefícios em termos saúde pública, porque animais abandonados, por exemplo, podem transmitir doenças”, diz.
Detalhes do projeto
O site foi lançado em 15 de janeiro de 2013, contando com um jovem talento da programação e com o irmão de Vitor, atual diretor jurídico da empresa. Desde então, cerca de 90 “amigões” perdidos foram encontrados através de dados que os colaboradores podem enviar de qualquer lugar. Fotografando algum animal na rua e informando sua localização, gera-se uma “PetPista” e, a partir daí, o sistema cruza as informações com os cadastros de pets perdidos do site. Através de um cálculo sofisticado, as informações que podem auxiliar na busca são enviadas para o email do dono do animal perdido. Quando as pistas ajudam a promover o reencontro dos “amigões”, ou a adoção animais abandonados, a pessoa que as gerou ganha PetPontos que podem ser convertidos em produtos de petshop ou serviços associados, como descontos em academias.
“O sistema é gratuito e a gente ainda recompensa financeiramente”, diz Vitor que explica também como o projeto se torna lucrativo. Ele conta que além da venda de espaço do site para publicidade, há um serviço novo na página que informa ao usuário os serviços pet mais próximos de sua localização. Para anunciar neste mapa interativo, é cobrado um valor relativamente baixo dos veterinários, clínicas e outros estabelecimentos. O segredo, portanto, está na quantidade de anunciantes.
Vitor, concluiu a graduação no ano passado e destaca que durante a elaboração da ideia, as conversas com o professor Milton de Abreu Campanário, do departamento de Economia, foram muito enriquecedoras. “As aulas eram muito legais e ele é cachorreiro”, diz Vitor em tom divertido. Sobre o papel da FEA na construção de seu empreendimento, o agora ex-aluno conclui: “Além da parte teórica, a FEA possibilita contatos muito bons. Você consegue fazer um network bem positivo.”