Banco de Sangue

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Enviado por eopen em sex, 16/03/2012 - 16:33

Aconteceu na FEAUSP, no final de Agosto, mais uma edição do Banco de Sangue realizado pela FEA Jr.

Por Beatriz Montesanti

 

 

 

“Quem veio aqui obrigado?”, perguntou Fellipe Mello para os estudantes da FEA que assistiam a sua palestra na última segunda-feira, 22 de agosto. Assim como Fellipe, todos os presentes na sala eram voluntários. O evento é organizado todos os anos pela FEA Júnior.

O empresário, que presta serviço de consultoria, é também palhaço na organização Doutores Cidadãos, que proporciona momentos de alegria para adultos e idosos em hospitais públicos. “Um público esquecido na maior parte das vezes”, segundo Fellipe.

Porém sua tarefa na FEA, junto com o colega Roberto Ravagnani, era outra: incentivar a doação de sangue entre os alunos. “Dói menos que depilar a virilha e você fica menos tonto do que quando vai para a balada”, brincou.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, se apenas 4% da população brasileira doasse sangue regularmente seria o suficiente para encher os bancos. No entanto, menos de 2% de fato o fazem, revelaram os palhaços. “Será que a gente precisa esperar que a tragédia bata a nossa porta para correr atrás do prejuízo?”.

Com a alegria inerente à profissão, os palhaços mostraram como são pacientes e cuidadores simultaneamente, dando uma lição de empatia: “Não há problema pensar individualemente, mas sem o equilíbrio social, a equação não fecha”, comentaram, logo após ensinarem à plateia os cumprimentos sul-africanos Sawabama e Shinkaba, que significam, respectivamente, “Eu te valorizo” e “Então eu existo para você”.

Doação da Medula

Logo após a apresentação dos Doutores Cidadãos, Vanessa Borges, da Ameo, veio a frente para mostrar a importância do cadastro da medula óssea. De acordo com ela, o Brasil tornou-se o terceiro maior banco de cadastro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.
Mesmo assim, a dificuldade de se encontrar um doador é gigantesca: há apenas 25% de chance de algum familiar ser compatível e, depois disso, a chance é de 1 em 100 000 de encontrar alguém no banco de dados. Por isso, a Ameo realiza mensalmente campanhas em universidades e cidades próximas, uma forma de incentivar as pessoas a se cadastrarem sem terem de se locomover até o centro de doação, na Vila Buarque.

Multirão na FEA
Na quarta-feira, 24, o Banco de Sangue estava a postos na sala de Congregação da FEA para receber a doação de alunos e demais interessados. Arthur Kenzo, do primeiro ano da POLI, nunca doou sangue e estava na espera por sua vez: “É legal ajudar o pessoal, mas tenho um pouco de medo de agulha”. Outros, no entanto, ficaram apenas com a vontade de ajudar: Patrícia Schroeder, da FFLCH, teve gripe nos últimos sete dias, o que a impossibilitava de doar. “Fiquei triste, mas quem sabe outra vez?”.