Academia e mercado combinam?

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Enviado por eopen em sex, 16/03/2012 - 16:21

Carlos Quinteiro acredita que conciliar academia e mercado é possível se houver planejamento.

Por Christiane Silva Pinto

‘’A academia não poderia montar sua grade baseada especificamente nas exigências do mercado, porém deveria haver mais diálogo entre as partes’’, diz Carlos Eduardo Quintero, formado em contabilidade pela FEA em 2005.Hoje CFO da TG Agro Industrial e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o feano acredita que é possível conciliar carreira acadêmica e mercado, desde que haja planejamento, e que deveria existir um maior equilíbrio entre as duas áreas.

Carlos conta que o desejo de se tornar professor universitário já existia mesmo antes de ingressar na graduação. ‘’A carreira docente é maravilhosa, seja nos cursos de graduação ou de pós-graduação. O contato direto com alunos faz você se aperfeiçoar constantemente’’. Ainda assim, trabalhar numa grande empresa traz outro tipo de experiência e aprendizado, coisas que se somam e se complementam. ‘’O benefício é único: o lado acadêmico auxilia o profissional de mercado e o profissional de mercado leva suas experiências para a sala de aula’’, afirma o feano. E claro, não é só o profissional quem sai ganhando, mas também os alunos e as empresas.

Para Quintero, as duas carreiras podem ser conciliadas mesmo que as agendas e os horários sejam conflitantes. O profissional deve ter um planejamento bem feito de suas obrigações tanto na academia quanto no mercado. ‘’Eu monto minha grade horária, reuniões, viagens, de forma antecipada a fim de atender ambas as instituições. Assim, as eventualidades ficam fáceis de gerenciar’’, conta.

Discussão constante no meio acadêmico, muitos se perguntam se o ensino das universidades deveria ser mais voltado para o mercado. Segundo Carlos, o ensino não deveria visar apenas ao mercado, mas continuar sendo multifacetado como é hoje em dia. ‘’A universidade, na minha opinião, deve oferecer uma formação pluralista aos estudantes a fim de que eles possam assimilar melhor as expectativas, não só do mercado privado, mas também para a futura formação de docentes, profissionais da área pública e afins’’.

Mesmo com todos os diferentes aspectos que devem ser levados em conta na formação de um bom profissional, Carlos aponta o grande peso que uma faculdade como a FEA dá ao currículo. ‘’O próprio nome e reputação da instituição, os excelentes professores, a autonomia acadêmica e o engajamento dos discentes na busca de ascensão profissional foram os grandes drivers que direcionam minha carreira e formação’’, conta.