Novo indicador analisa publicações e aponta ânimo da sociedade

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Enviado por milenan@usp.br em ter, 01/12/2015 - 10:12

Criado em parceria do professor Heron do Carmo, do Departamento de Economia, com Marília Strabile, sócia e diretora-geral da empresa .Map, foi lançado ao público em outubro o Índice de Impacto e Perspectivas Brasil (IP Brasil), novo indicador que mede o efeito do que está sendo discutido nas redes sociais e pela imprensa tradicional.

Criado em parceria do professor Heron do Carmo, do Departamento de Economia, com Marília Strabile, sócia e diretora-geral da empresa .Map, foi lançado ao público em outubro o Índice de Impacto e Perspectivas Brasil (IP Brasil), novo indicador que mede o efeito do que está sendo discutido nas redes sociais e pela imprensa tradicional. O índice é divulgado às quintas-feiras pelo Valor Pro, serviço do jornal Valor Econômico que disponibiliza informações em tempo real.

O IP Brasil é dividido nas categorias Política, Economia e Bem-Estar, avaliando a difusão da informação e se esta é bem ou mal considerada pela sociedade, a partir da análise de posts, colunas e editoriais, dentro de um universo que pode chegar a mais de um milhão de publicações. Para avaliar cada conteúdo são considerados 370 itens de avaliação, que compreendem a autoria do comentador, veículo ou rede social e presença de imagem, entre outros critérios, que determinam o peso de cada publicação. Os avaliadores – uma equipe formada em sua maioria por jornalistas – determinam se o conteúdo tem cunho positivo ou negativo.

O conjunto de posts das mídias sociais a serem analisados engloba uma amostragem aleatória, excluindo-se postagens de robôs e de conteúdo pessoal. Da mídia tradicional, é avaliado o conteúdo dos principais veículos. De acordo com o professor Heron do Carmo, o índice é capaz de, a partir de ferramentas de coleta e análise de dados, mensurar o que não era facilmente mensurável, isto é, os ânimos da sociedade e as tendências da mídia. Além de quantificar os temas que vêm sendo mais abordados, é feito um balanço entre a positividade e a negatividade total da discussão. Ele aponta que o IP Brasil vem sendo majoritariamente negativo.

O professor explica que a mídia tradicional geralmente pauta o que será discutido nas mídias sociais, mas que tendência contrária começa a aparecer, com as redes sociais pautando o que será comentado pelos veículos de imprensa nos dias seguintes. Segundo ele, nem sempre há uma concordância na difusão dos temas: existem episódios que explodem nas redes sociais enquanto os jornais demoram a repercutir. Um exemplo recente, a morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo, largamente sentida nas redes sociais, demorou algum tempo a repercutir na imprensa. Apesar de conter dados curiosos ou inesperados, o professor afirma que assuntos relacionados à economia vêm guiando as discussões.

Autora: Letícia Paiva