O movimento Outubro Rosa quer chamar atenção para a realidade atual do câncer de mama teste teste
Por Christiane Silva Pinto
Tendo sua primeira manifestação no Brasil em 2002, com a iluminação em rosa do Obelisco do Ibirapuera, o movimento Outubro Rosa teve início em 1977 nos Estados Unidos e procura chamar atenção diretamente para a realidade atual do câncer de mama e para a importância do diagnóstico precoce, sendo esse o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.
O movimento ganhou força no Brasil principalmente em 2008, mas atingiu seu ápice neste ano, quando, no dia 05 de outubro, o Cristo Redentor foi iluminado pela cor rosa. Outros monumentos que também foram iluminados com a cor foram: a Ponte Estaiada, em São Paulo, a Estufa do Jardim Botânico, em Curitiba, a Praça da Liberdade e o Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e em Natal, o Pórtico da entrada da cidade.
Como qualquer movimento com força hoje em dia, o Outubro Rosa atingiu a a internet e milhares de blogueiros em todo o mundo. Muitas blogueiras passaram o mês postando matérias sobre a prevenção, o auto-exame de toque e a importância da mamografia no diagnóstico da doença. No twitter, vários posts com a hashtag #OutubroRosa movimentaram a rede social, além de muitos usuários terem adotado o lacinho cor-de-rosa, símbolo da campanha, ao avatar.
Uma curiosidade sobre a campanha deste ano, foram os comentários feitos por mulheres na redes sociais, como “Eu gosto no sofá”, “Eu gosto na cama” ou “Eu gosto em cima do armário”. No caso da brincadeira das redes sociais, a ideia é, justamente, despertar a atenção das pessoas de uma maneira que instigue a imaginação. As próprias usuárias do Facebook começaram a circular, entre si, mensagens divulgando a ação e pedindo para que cada mulher postasse em sua página uma resposta à questão “Onde você gosta de colocar a sua bolsa?” Sendo assim, as respostas despertariam a curiosidade, ao mesmo tempo em que aumentariam a visibilidade da ação.
Durante todo o mês de outubro, entidades pertencentes à Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) realizaram ações, em diversas cidades brasileiras, e também ofereceram maratonas de exames preventivos para as mulheres de diversas localidades. O Instituto Nacional de Câncer, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, também participou da mobilização com diversas ações.
O mês de outubro acabou, mas a conscientização sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama não pode acabar nunca. Como política de detecção da doença para mulheres sem sintomas, o INCA recomenda a realização anual do exame clínico das mamas por um profissional de saúde a partir dos 40 anos. A mamografia deve ser realizada por mulheres sem sintomas na faixa etária de 50 a 69 anos a cada dois anos, já que o risco da doença aumenta com a idade.