Caça ao Canguru completa 25 anos e promete muita diversão

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Enviado por eopen em seg, 08/09/2014 - 12:41

Caça ao Canguru completa 25 anos e promete muita diversão

Anaís Motta

Em 2014, a gincana Caça ao Canguru (GCC) completa 25 anos e, assim como nas edições anteriores, vem trazendo inúmeras atividades que prometem movimentar e agitar os corredores da FEA-USP. O evento organizado pela AAAVC (Associação Atlética Acadêmica Visconde de Cairu) ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de setembro e contará com a participação de equipes variadas, de 8 a 10 pessoas, sendo pelo menos três delas do sexo oposto. 

História

Em 1988, a Atlética constituía-se de duas salas pequenas, que ficavam fechadas a maior parte do tempo. Fora a Semana dos Bixos e os campeonatos mal organizados, pouca coisa acontecia. A vontade de se criar algo bacana cresceu e, após uma reunião aberta a quem quer que estivesse interessado, surgiu a ideia de criar a Caça ao Canguru.

Com a primeira gincana em junho de 1989, a Atlética feana buscava a integração com os alunos que não necessariamente praticavam modalidades esportivas, mas que queriam maior presença da AAAVC no dia a dia da faculdade, seja através de festas, viagens ou campeonatos internos.

Márcio Hassenpflug, formado em Administração pela FEA, participou de todo o processo de elaboração da gincana e conta como se deu o início do processo de transformação que tomou conta da Atlética na época: "Reunimos um grupo de pessoas e começamos a pensar em como essa história de gincana ia funcionar. Tínhamos reuniões sigilosas da AAAVC para criar expectativas em torno do que estávamos fazendo. Fizemos reuniões falsas para testar o interesse das pessoas também. Terminamos por definir que o formato seria de uma primeira fase com pistas e uma segunda fase com um mapa do tesouro".

Segundo o feano, a tensão e a ansiedade em torno da gincana eram enormes. Ninguém tinha ideia do que sairia da primeira edição e alguns erros, por menores que fossem, poderiam comprometer a atratividade dos outros eventos que a Atlética vinha planejando para o futuro. "Foi corrido. Lembro que eu e meu parceiro Guilherme Bajesteiro precisávamos enterrar o primeiro tesouro da GCC no sábado, perto da FAU, mas ambos tínhamos prova de Finanças no dia. Fiquei com ele até às 4h30 da manhã, voltei para o carro, dormi e quase perdi o exame", conta.

Dificuldades não faltaram. A maior dela foi, sem dúvidas, a completa falta de parâmetros sobre um evento como este. Não se sabia se a adesão das pessoas seria grande e algumas pessoas da Atlética até deixaram de participar da organização da gincana para que pudessem competir dentro das equipes. "A gincana veio e não foi exatamente como planejamos. A primeira fase das pistas foi mal dimensionada e todos cumpriram as tarefas dentro do tempo. A decisão ficou para a caça ao tesouro e a equipe vencedora foi uma que até então não participava de nada da AAAVC", lembra Márcio. "Menos pela dinâmica das brincadeiras e mais pelo recall da gincana nos meses subsequentes, tenho certeza de que esta foi a mola propulsora de muita coisa que fizemos dentro do esporte e para a diversão pela FEA".

O feano Roberto Ribeiro, por sua vez, só entrou na faculdade em 1990, mas logo percebeu o quão esperada era a segunda edição da Caça ao Canguru. "Entre 1991 e 1992, implantamos várias mudanças na gincana, que já era muito boa, e que perduram até hoje, como a criação dos portais na caça ao tesouro, o uso de bicicletas, o sistema de pista e repista, as tarefas surpresas de sexta à noite e a parceria com a Rádio USP", conta Roberto. "Problemas sempre ocorrem, mas tentávamos mapeá-los na medida do possível. Algumas tarefas eram testadas, mas outras obviamente saíam fora do planejado. Os objetivos, no geral, sempre foram alcançados, tanto que o evento existe até hoje e se tornou um marco. Me alegra muito saber que participei da construção e evolução dele". 

Participação dos Alumni

Segundo Roberto, nos primeiros anos da gincana a adesão era majoritariamente de alunos. "Um dos motivos que nos levou a ampliar o número de integrantes por equipe foi a falta de espaço para o crescente interesse dos estudantes em participar da festa", lembra. Infelizmente, pouquíssimos alumni participavam da gincana na época, não por falta de interesse da organização, mas principalmente porque eles não tinham vivido a experiência de participar do evento anteriormente.

Contudo, na opinião do feano, a participação dos alumni é fundamental, uma vez que cria laços entre eles, as entidades, a FEA e os alunos atuais. "Desde os anos 90, a AAAVC vem proporcionando a possibilidade de união entre diferentes turmas de feanos por meio do esporte e de eventos internos. Com o networking e a troca de experiências e de vivências, todos os participantes só tem a ganhar", afirma Roberto.

As opiniões de Márcio e Roberto convergem bastante nessa questão. De acordo com o primeiro, ainda, a participação dos ex-alunos funciona como um ritual de passagem, ainda mais num país como o Brasil, que sofre muito para perenizar e se orgulhar de sua história. "É como se cada um de nós estivesse colocando um ladrilho nessa estrada sem fim que é a história da Atlética e da FEA. Me sinto muito orgulhoso de ter ajudado a dar continuidade a essa jornada", afirma Márcio. 

Na última gincana…

No ano passado, 23 equipes participaram da Caça ao Canguru, mas quatro delas não compareceram às provas no sábado. Eram oito equipes de bixos e 15 de veteranos, um ótimo número.

A classificação sempre é feita a partir de dois rankings, um de veteranos e outro de calouros, para que estes últimos tenham reais chances de vencer - afinal, faz diferença conhecer um pouco mais sobre a USP para achar as pistas nas provas de sábado. A equipe vencedora e tetracampeã foi a HOJE NASH, formada apenas por alumni. Já no ranking dos calouros, a Equipe EmbacYtos conquistou o título. 

E em 2014?

Pouca coisa muda na gincana deste ano em relação à do ano passado. Segundo Rodrigo Tibiriçá, atual presidente da AAAVC, foram preparadas algumas alterações simples, porém significativas e que não afetarão o evento como um todo - o tempo para as provas de sábado, por exemplo, diminuiu. "Com as mudanças, a divulgação e o apoio da FEA Júnior e do FEA Social, tenho altas perspectivas para a gincana. Nós, da Atlética, queremos fazer o melhor evento possível", acredita Rodrigo.